Filme Império Do Crime, 1955
A memória dissoluta
dos ponteiros frios do tempo
E o olhar do cão morrendo
* * *
Meia-noite enternecida
Meu coração aflito
é o livro que não li
* * *
Há asas algas almas
no lago mudo em que contemplo
a tarde
a brisa
o nada
* * *
O mar já não é mais o mar
Nem tua casa
Os dias oscilam entre a penumbra
e a fresta da porta semi-cerrada
* * *
A rua é apenas partida
E não dará em nenhuma avenida
O grito mais ríspido perdeu-se
entre a boca e o estômago
Nossos dramas, nossas leis
pouco servem.
O ódio - revolução tísica
tornou-se a lembrança desbotada
do retrato no porão.
domingo, 18 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
GRAVURA
Na casa ausente
O relógio entorpecido
Todos dormem.
No jardim, as daninhas
se perpetuam
Nem os antepassados vagam
mais pelos cantos.
A janela em ruínas
é o retrato indelével
da gravura desbotada
dos nossos dias.
sábado, 10 de novembro de 2012
EPITÁFIOS MODERNOS
Um papel, uma caneta
Uma ou outra palavra dispersa
Ausência.
Equilibrar-se em versos
Derradeiros epitáfios modernos.
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
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