quinta-feira, 29 de novembro de 2012
PAISAGEM
A pena pensa a paisagem
A despensa vazia, ratos.
E se diz, pensa, repensa
a paisagem.
E ela é cortante,
Recorta a pele em estilhaços
Cacos, borrões da própria pena.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
A TEIA
aranha
te cen do te
cen do te cen
do te cen do
te cen do te
cen do te cen
do te cen do
te cen do te
cen do te cen
do te cen do
a teia
domingo, 18 de novembro de 2012
FRAGMENTOS
Filme Império Do Crime, 1955
A memória dissoluta
dos ponteiros frios do tempo
E o olhar do cão morrendo
* * *
Meia-noite enternecida
Meu coração aflito
é o livro que não li
* * *
Há asas algas almas
no lago mudo em que contemplo
a tarde
a brisa
o nada
* * *
O mar já não é mais o mar
Nem tua casa
Os dias oscilam entre a penumbra
e a fresta da porta semi-cerrada
* * *
A rua é apenas partida
E não dará em nenhuma avenida
O grito mais ríspido perdeu-se
entre a boca e o estômago
Nossos dramas, nossas leis
pouco servem.
O ódio - revolução tísica
tornou-se a lembrança desbotada
do retrato no porão.
A memória dissoluta
dos ponteiros frios do tempo
E o olhar do cão morrendo
* * *
Meia-noite enternecida
Meu coração aflito
é o livro que não li
* * *
Há asas algas almas
no lago mudo em que contemplo
a tarde
a brisa
o nada
* * *
O mar já não é mais o mar
Nem tua casa
Os dias oscilam entre a penumbra
e a fresta da porta semi-cerrada
* * *
A rua é apenas partida
E não dará em nenhuma avenida
O grito mais ríspido perdeu-se
entre a boca e o estômago
Nossos dramas, nossas leis
pouco servem.
O ódio - revolução tísica
tornou-se a lembrança desbotada
do retrato no porão.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
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