sábado, 22 de setembro de 2012
ODE AO URUBU-REI
I
Urubu-rei, malandro
Pousado no nunca
Urubu-incerto, perto daqui
Pousado no muro
Urubu-espanto, adormecido
Aguardando as horas
se precipita
Urubu-frágil, como a tarde.
II
Ou nem tão frágil assim, talvez irreal
És o mesmo que sobrevoou Canudos
(outros fronts pelos tempos afora)
E que agora aguarda silencioso.
III
Um urubu na tarde apenas
Uma outra pena
Da ave certa, certeira, rapina
És o agouro no voo
mais leve.
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