terça-feira, 15 de setembro de 2015
SÃO PAULO VII
Entre estreitas intenções - estáticas
a porta
semicerrada
a dor imóvel / inútil
o corpo paralisado
ar suspenso
..........................................................
A cidade em seus trilhos
é composta de mordentes precisos
golpes frios de martelo
práticos
nas primeiras horas da manhã
ríspidos
ao meio-dia
metódicos
com o pôr-do-sol
..............................................................
A cidade consome seu impacto, voraz
mastiga com seus dentes intrínsecos
deglute seus versos
intrincados
encravados
escravizados
regurgita fuligens e metáforas,
adorna sombras imperfeitas/
chuvas ácidas
e expele seus dejetos - esgotos
(des) gostos cifrões parábolas parafernálias
rudes antenas servís palavras podres/
torpes antíteses
anônima agonia
D E S C O N S T R U Ç Ã O
e re-con-some-se em seu ciclo
infinito
segue
reciclado sangue
em círculo.
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