terça-feira, 27 de outubro de 2015
SÃO PAULO IV
São Paulo escurece. E tudo
ainda inventa-se claro, nítido.
Letreiros atônitos piscam incessantes/
pulsam
Como automóveis anônimos que avermelham
longas avenidas em suas distâncias
oblíquas, marginais,
setas para o sem-fim.
Olhares são vitrines pedintes.
Corpos estendem-se esculpidos na modernidade
de Brecheret
frações cifradas de uma mais-valia
plástica/ artífices impressos
Corrosiva ilusão
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São Paulo amanhece. E tudo
ainda inventa-se escuro, sombriamente
apagado.
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