terça-feira, 21 de junho de 2016
SÃO PAULO VIII
Cinzas horas que se movem
Nos lentos relógios
do centro
os prédios são ponteiros
as sombras demarcam segundos
A fuligem extrema - extensa
pinta a tarde a óleo
Alguns esboços se perdem imprecisos
nos resíduos que escorrem
em canos despidos dejetos
des pe ja dos
no pôr-do-sol
O medo é feito de um céu
aberto
onde nenhuma lua
se posiciona
As tintas vazadas são frias
e distorcem quadriláteros descascados / aflitos
concretudes diagonais e pontiagudas
revestidas armas apontadas para o silêncio.
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